O homem do Rio Grande do Sul adaptou suas vestimentas baseado nas suas necessidades e no seu tipo de vida. Fica claro que os trajes, no decorrer da história , aceitam os processos de modernização e de transformação que uma cultura possa ter. A cultura é viva e, enquanto viva, ela se modifica. Essas modificações, legaram ao gaúcho além de uma herança, beleza e identidade. Se os costumes são constantemente alterados no decorrer da história, nada mais claro de que os trajes também tenham tido uma modificação, mantendo, no entanto, a sua raiz.
Falando da Prenda Gaúcha...
A pilcha feminina conformes as normas e diretrido Movimento Tradiconalista Gaucho
DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.
- SAIA E BLUSA OU BATA: Nas apresentações artísticas, o traje feminino deve representar a mesma classe social do homem.
Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos.
Blusa ou bata de mangas longas, três quartos ou até o cotovelo (vedado o uso de “boca de sino” ou “morcego”), decote pequeno, sem expor os ombros e os seios, podendo ter gola ou não.
Tecidos: lisos e mais encorpados, sem usar enfeites dourados, prateados, pinturas à óleo e demais tintas e purpurinas, bordados, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
- SAIA E CASAQUINHO: Saia com a barra no peito do pé, godê, meio-godê ou em panos, sem bordados.
Tecidos: lisos e mais encorpados, não transparente, sem usar enfeites dourados, prateados, pinturas à óleo e demais tintas e purpurinas. Bordados discretos, ter o cuidado de escolher cores harmoniosas e lisas, esquecendo as cores fortes, berrantes e fosforescentes.
Casaquinho: de mangas longas (vedado o uso de mangas “boca de sino” ou “morcego”), gola pequena e abotoado na frente.
Obs.: Saia com casaquinho (roupa de época), a saia deve ser lisa. No casaquinho poderá ter bordados discretos.
- VESTIDO: Inteiro e cortado na cintura ou de cadeirão ou ainda corte princesa com barra de saia no peito do pé, corte godê, meio-godê, franzido com ou sem babados.
Mangas – longas, três quartos ou até o cotovelo, admitindo-se pequenos babados nos punhos, sendo vedado o uso de “mangas boca de sino” ou “morcego”.
Decote – pequeno, sem expor ombros e seios.
Enfeites – de rendas, bordados, fitas, passa-fitas, gregas, viés, transelim, crochê, nervuras, plisses, favos. É permitida pintura miúda, com tintas para tecidos. Não usar pérolas e pedrarias, bem como, os dourados ou prateados e pintura a óleo e demais tintas ou purpurinas.
Tecidos - lisos ou com estampas miúdas e delicadas, de flores, listras, petit-poa e xadrez delicado e discretos. Podem-se ser usados tecidos de microfibra, crepes, oxford. Não serão permitidos os tecidos brilhosos ou fosforescentes, transparentes, slinck, lurex, rendão e similares.
Cores – devem ser harmoniosas, sóbrias ou neutras, evitando-se contrastes chocantes. Não usar preto, as cores da bandeira do Brasil e do RS (combinações)
Na categoria mirim: não usar cores fortes (ex: marrom, marinho, verde escuro, roxo, bordô, pink, azul forte).
- SAIA DE ARMAÇÃO: Leve e discreta, na cor branca. Se tiver bordados, estes devem se concentrar nos rodados da saia, evitando-se o excesso de armação. O comprimento deve ser inferior ao do vestido.
- BOMBACHINHA: Peça intima usada por baixo do vestido nescessariamente da cor Branca, de tecido, com enfeites de rendas discretas, abaixo do joelho, cujo comprimento deverá ser mais curta que o vestido para quem não conhece dá uma olhadinha na foto a baixo:
- MEIAS: Devem ser de cor branca ou bege e longas, o suficiente para não permitir a nudez das pernas.
- SAPATOS: Nas cores preta, marrom e bege, com salto 5 ou meio salto, com tira sobre o peito do pé, que abotoe do lado de fora ou botinhas pretas, marrom (vários tons de marrom). O salto da botinha é de 5cm.
Não é permitido: Uso de sandálias e nem de sapatos abertos com vestidos, saias e casacos e saia e blusa.(em nenhum momento é permitido o uso de sapatos abertos com pilcha feminina).
- CABELOS: Podem ser soltos, presos, semi-presos ou em tranças, enfeitados com flores naturais ou artificiais, sem brilhos ou purpurinas.
Obs.: O coque é permitido somente para prendas adultas e veteranas.
As flores poderão ser usados por prendas adultas e juvenis, bem como, um pequeno passador (travessa). As prendas mirins não usam flores. Proibido o uso de plástico.
- MAQUIAGEM: Discreta de acordo com a idade e o momento social
falando dos Peões
A pilcha Masculina conforme as normas e diretrizes do Movimento Tradicionalista Gaúcho
falando dos Peões
A pilcha Masculina conforme as normas e diretrizes do Movimento Tradicionalista Gaúcho
I - DA PILCHA PARA ATIVIDADES ARTÍSTICAS E SOCIAIS
Indumentária a ser utilizada nas atividades cotidianas, apresentações artísticas e
participações sociais, tais como bailes, congressos, representações, etc.
1. PILCHA MASCULINA
- BOMBACHAS:
Tecidos: brim (não jeans), sarja, linho, algodão, oxford, microfibra.
Cores: claras ou escuras, sóbrias ou neutras, tais como marrom, bege, cinza, azulmarinho,
verde-escuro, branca, fugindo as cores agressivas, fosforescentes, fugindo das
cores contrastantes e cítricas, como vermelho, amarelo, laranja, verde-limão, cor-de-rosa.
Padrão: liso, listradinho e xadrez discreto.
Modelo: cós largo sem alças, dois bolsos na lateral, com punho abotoado no tornozelo.
Favos: O uso de favos e enfeites de botões, depende da tradição regional. As bombachas
podem ter, nos favos, letras, marcas e botões.
Obs.: roupas de época não podem ter marcas.
Largura: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou
seja, uma pessoa que use sua bombachas no tamanho 40, automaticamente deverá ter,
aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs.
- A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser de maneira que
não seja confundida com uma calça.
- As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
- É vedado o uso de bombachas plissadas e coloridas.
- CAMISA:
Tecido – preferencialmente algodão, tricoline, viscose, linho ou vigela, microfibra( não
transparente), oxford.
Padrão – liso ou riscado discreto
Cores – sóbrias, claras ou neutras, preferencialmente branca. Evitando cores agressivas e
contrastantes.
Gola – social (ou seja, abotoada na frente, em toda a extensão, com gola atual, com
punho ajustado com um ou mais botões).
Mangas longas – para ocasiões sociais ou formais, como festividades, cerimônias,
fandangos, concursos.
Mangas curtas – para atividades de serviço, de lazer e situações informais.
Camiseta de malha ou camisa de gola pólo – exclusivamente para situações informais e
não representativas. Podem ser usadas com distintivo da Entidade, da Região
Tradicionalista e do MTG.
Obs.: Vedado o uso de camisas de cetim e estampadas.
- BOTAS: De couro liso nas cores: preto, marrom (todos os tons) ou couro sem tingimento.
É vedado o uso de botas brancas. As botas “garrão de potro” são utilizadas
exclusivamente com traje de época.
A altura do cano varia de acordo com a região. Normalmente o cano vai até o joelho.
- COLETE: Se usar paletó poderá dispensar o colete.
Modelo tradicional (do mesmo tecido e cor das bombachas, podendo ser tom sobre tom),
sem mangas e sem gola, abotoado na frente com a parte posterior (costas) de tecido leve,
ajustado com fivela, de uma cor só, no comprimento até a altura da cintura.
- CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas, internas ou não, com uma ou duas
fivelas frontais, ou de couro cru, com ou sem guaiacas, mas sempre com uma ou duas
fivelas frontais, ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
- CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo
com as características regionais.
Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
- PALETÓ: usado especialmente para ocasiões formais, podendo ser do mesmo tecido
das bombachas, na mesma cor ou “tom sobre tom”
Obs: é vedado o uso de túnicas militares substituindo o paletó.
- LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste.
Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas cores
vermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível,
ainda, carijós em marrom ou cinza.
- FAIXA: Opcional, se usada deverá ser lisa, na cor vermelha, preta de lã ou bege cru
(algodão), de 10 a 12 cm de largura.
- ESPORAS: trata-se de peça utilizada nas lidas campeiras. Nas representações
coreográficas de danças tradicionais é admissível o seu uso.
Obs: é vedado o uso de esporas em bailes e fandangos
- PALA: De uso opcional. Se usado deverá ser no tamanho padrão, com abertura na gola.
Poderá ser usado no ombro, meia-espalda, atado da direita para a esquerda. Poderá ser
usado em todos os trajes.
- FACA: O uso da faca é opcional nas apresentações artísticas e vedado nas demais
atividades sociais.
vamos falar agora da Indumentaria campeira , aquela que é usada em rodeios , provas de laço, lida do campo, cavalgadas , desfiles e outras lidas:
PILCHA CAMPEIRA MASCULINA
CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais. Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas coresvermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola pólo. Obs. A camisa deverá estar sempre por dentro das bombachas.
CINTO (GUAIACA): tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura.
TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior (cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande (5 a 7cm).
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS: com ou sem favos, coincidindo a largura da perna com a largura da cintura, ou seja, uma pessoa que use sua bombacha no tamanho 40, automaticamente deverá ter, aproximadamente, uma largura de cada perna de 40 cm.
Obs. A largura das bombachas, na altura das pernas, deve ser tal que a caracterize como tal e não seja confundida com uma calça. As bombachas deverão estar sempre para dentro das botas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
ESPORAS: de uso obrigatório, sempre usado no calcanhar e com rosetas não pontiagudas.
FACA: O uso da faca na cintura é obrigatório para as categorias dos peões, exceto na gineteada, vedado para piás e guris e facultativo para as demais categorias. Quando utilizada, a faca deverá ter no mínimo 15cm e no máximo 30cm de lâmina e ser adequada ao uso campeiro.
PILCHA CAMPEIRA FEMININA
CHAPÉU: de feltro ou pelo de lebre com abas a partir de 6 cm, com a copa de acordo com as características regionais. Obs. É vedado o uso de boinas e bonés.
BARBICACHO: de couro, sola ou crina, podendo ter algum enfeite de metal.
LENÇO: no caso do uso com algum tipo de nó, com a medida de 25 cm a partir deste. Com o uso do passador de lenço, com a medida de 30 cm a partir deste. Nas coresvermelho, branco, azul, verde, amarelo, ou carijó nas cores supra citadas. É possível, ainda, carijós em marrom ou cinza.
CAMISA: estilo social, com mangas longas ou curtas, com colarinho e botões na parte frontal, podendo ter cortes e características femininas (rendas, babados, etc), em cores sóbrias, de acordo com as determinações regionais. Sendo vedado o uso de camiseta e camisa gola polo.
CINTO: tendo de uma a três guaiacas internas, ou não, com uma ou duas fivelas frontais. Ou de couro cru, com ou sem guaiacas, sempre com uma ou duas fivelas frontais. Ambos deverão ter no mínimo 7cm de largura..
TIRADOR: de uso opcional, exceto para pealar. Quando usado, este substituirá o cinto quando tiver um reforço na parte superior(cintura) imitando um cinto, com ou sem guaiacas e que tenha no mínimo uma fivela de tamanho grande(5 a 7cm).
FAIXA: de uso opcional. Quando usada deverá ser acompanhada do cinto e ser de lã, nas cores preta ou vermelha.
BOMBACHAS: com ou sem favo, sem bordados e sem pregas costuradas. Podendo ser de estilo feminino, ou seja, com aberturas laterais. A largura das bombachas, na altura da perna, será, aproximadamente, a mesma largura da cintura. Naturalmente as bombachas femininas serão mais estreitas do que as masculinas.
BOTA: de couro, nas cores preta, marrom e amarela (baia).
ESPORAS: de uso opcional. Quando utilizadas, deverão ser dotadas de rosetas não pontiagudas.
FACA: de uso opcional.
Obs.: Aconselha-se que quando a prenda for montar com vestido ou saia, que ela use o selim e não as montarias convencionais.
Poderão também ser usados os trajes alternativos regionais, desde que devidamente comprovados e aprovados em Encontro Regional.
O SIGNIFICADO DO LENÇO PARA O GAUCHO
Em primeiro lugar, uma pergunta : de onde tirou o uso do lenço ? É sabido que na Idade Média o lenço ( algo delicado como uma " encharpe " ) tinha papel preponderante ... mas era um lenço feminino. Com ele atado no braço, elmo, ou lança, o cavaleiro andante reverenciava um amor fetichista, mais do dominio do sonho que da realidade.
Talvez os mouros, os ciganos, os andaluzes, nos tivessem mandado através do Prata essa herança colorida e bizarra. Sim, que dos luzos, índios e negros é pouco provável...
Mas o certo é que o lenço de pescoço existe no Rio Grande desde que sem tem noticia de gaúchos, como em Saint-Hilaire, o velho e nunca manuseado demais Saint-Hilaire.
Lenço de seda, franjado ou não, mas sempre de seda ( e isso, por isso, já é uma curiosidade) tem suas cores tradicionais : Preto, de luto, branco, dos "Chimangos" de 23 ., principalmente, copiado aos " blancos " do Uruguai. Encarnado, das revoluções de 93 e 23, ( e daí por diante ) dos Maragatos e Colorados, também copiados da velha Maragateria da Banda Oriental. Verde, dos "picapaus" governistas de 93, correspondentes aos futuros " Chimangos " brancos. Também houve 3 confecções de lenço especiais para o soldados farroupilhas, algo que fosse como um uniforme simbólico: duas confecções nos Estados Unidos e uma na França, mas como chegaram tarde os farrapos não os usaram na Guerra, mas na Paz, como lembrança de uma era gloriosa e sangrenta de nossa história. Os museus ainda guardam exemplares autênticos desses lenços tricolores, onde o escudo da República Riograndense era a nota central.
Mas afora esses lenços, que têm uma razão de ser especial , outros houve, que tinham outras cores : azuis, cor-de-rosas, xadrezados, etc.
O lenço normalmente no pescoço, atado de muitas maneiras, mas em ocasiões especiais, quando essa posição poderia atrapalhar, ia para a " meia-espada ", cheio de empafia : e lembramos que os dançadores de "Chula" modernos preferem o lenço nessa posição.
Mas vamos aos nós , propriamente ditos.
NÓ FARROUPILHA
Também chamado nó republicado ( da República de Piratini ) ou Nó de 35, pela mesma razão. Segundo a tradição era o ano preferido pelos revolucionários é quase um quadrado, ,dividido em quatro partes. Visto por trás é nó comum.
Nó MARAGATO ou de Assis Brasil, porque segundo a tradição era usado por esse político em suas lutas partidários, ou em seus campos. Até hoje só é dado esse nó em lenços encarnados. É o mais lindo de todos : o centro parece o nó farroupilha, mas dos lados se escapam dois braços, como de uma cruz, visto por trás é a mesma coisa.
Nó DE GINETEAR
Ou de Getúlio Vargas porque era o nó usado pelo grande político de São Borja é um nó dado junto ao pescoço, o meio de banda, fazendo uma laçada de um dos lados, e as duas pontas se escapando juntas pelo outro lado. Preferido pelos domadores, por firme.
Nó DE TRÊS GALHOS
Ou nó de águia também muito bonito. Quando de a cavalo seus dois braços se abrem e balançam como as asas de uma águia. Paixão Côrtes afirmou ter sido o inventor deste nó, mas o gaúcho Milton Silva, Dom Pedrito, garante que êsse já era comum em sua terra desde muito tempo. Fica uma laçada repolhuda no centro e as duas pontas se escapam abertas, uma de cada lado.
Nó COMUM
Chamado jocosamente por alguém de nó de biscoito é o comumente usado pela gauchada de campanha, até hoje. Bem dado é bonito.
Nó TRIANGULAR
Foi- nos ensinado pelo poeta Alfredo Costa Machado, e é como um farroupilha dividido em apenas três partes. De simples execução, é contudo muito bonito.
Nó DE OITO VOLTAS
É de grande beleza, mas de difícil execução. Parece um nó farroupilha duplo.